Daniel Mazzo

Florais de Bach Funcionam?

Florais de Bach funcionam? Depois de centenas de mensagens, resolvi publicar esse post para esclarecer essa questão tão importante sobre a atuação dos florais.

Preparação de uma essência floral

Preparação de uma essência floral

Atualmente, a procura por terapias complementares e integrativas está crescendo. As mais conhecidas comumente são a acupuntura, o Reiki, a fitoterapia, os conhecidos florais de Bach e tantos outros sistemas florais propostos por inúmeros produtores no Brasil e exterior.

Todas essas terapias complementares dão esperança aqueles que sofrem, principalmente com doenças crônicas (ou raras) de difícil resolução e tratamento. Contudo, ainda existem muitas dúvidas e questionamentos sofre a eficácia delas, principalmente se os florais de Bach funcionam.

O que diz a ciência a respeito dos florais?

Acho que ainda é cedo para dizer alguma coisa à respeito de provas científicas dos florais ou refutações em relação à terapia floral. Eu, particularmente, leio praticamente todos os artigos científicos que envolvem os florais de Bach e  observo que ainda faltam estudos robustos que legitimam ou até mesmo invalidam a eficácia dos florais.

É importante comentar, que em estudos não robustos, que a crença na suposição do cientista também entra em jogo, acreditar ou não em um certo trabalho pode atrapalhar a conclusão da pesquisa. Obvio que há ferramentas que hoje, já são capazes de eliminar esse viés, mas é importante ter o estudo absolutamente clean, pra que a finalidade seja atingida -, e mais, são necessários inúmeros estudos, bem feitos, articulados, que ainda não vi na literatura, para afirmar que o tratamento com floral é inválido ou eficaz.

Terapia complementar sofre com exigências exageradas

De qualquer forma, como comenta Joyce CRB, no seu artigo “Placebo and complementary medicine”:“A medicina ortodoxa frequentemente têm exigido da medicina complementar maiores padrões de provas que os requeridos por ela mesma”. Isso é um fato real e contemporâneo.

Os florais de Bach funcionam mesmo?

Boa pergunta. Observa-se que, pela ciência, temos dificuldade em obter essa resposta ou demore muito tempo. Há dois caminhos pra responder esse questionamento.

  1. Aguardar mais dados da ciência, em estudos com “ns” substanciais e analisar os resultados à favor ou contra a eficácia dos florais.
  2. Compreender os florais como placebo ou autossugestão: é uma hipótese aceita -, de qualquer forma, intrigante, pois se o o psiquismo consegue trabalhar a favor do organismo, com um veículo como os florais de Bach, os mesmos serão importantes para que o psiquismo exerça à ação. Eles acabam sendo necessários. Entramos num looping –, desta forma, podemos dizer, que, pelo menos para algumas pessoas, os florais de Bach são eficazes.

Quem fala muito sobre a hipótese acima, é o cardiologista Herbert Benson, que trabalhou na Harvard Medical School, onde atuou como pesquisador em um projeto desafiador sobre mente e corpo . Em seu livro, ele comenta:

“em meus 30 anos de prática da medicina constatei que nenhuma força curativa é mais impressionante ou mais universalmente acessível que o poder do indivíduo de cuidar de si mesmo”

Esse último item é algo que é fascinante estudar: como o psiquismo é capaz de enviar informações ao organismo e promover bem-estar e cuidado de si mesmo? Vale a pena investir mais energia nesse campo tão interessante.

A terapia floral é uma pseudociência?

Embora a eficácia das essências florais não tenha sido comprovada por estudos científicos bem controlados como comentei acima, ela não é considerada uma pseudociência. Para que algo se enquadre nessa modalidade, é necessário o preenchimento dos seguintes itens:

  1. Falta de evidências empíricas: Uma área que se apresenta como científica, mas que não possui evidências empíricas para sustentar suas teorias, é considerada pseudocientífica.
  2. Falta de testabilidade: Uma teoria que não pode ser testada ou verificada através de experimentos ou observações é considerada pseudocientífica.
  3. Rejeição de evidências contrárias: Uma área de estudo que ignora ou rejeita evidências que contradizem suas teorias é considerada pseudocientífica.
  4. Ausência de peer review: A falta de revisão por pares, que é um processo de avaliação por especialistas independentes em um determinado campo, é um sinal de pseudociência.
  5. Uso de explicações não científicas: Uma teoria que se baseia em explicações místicas, espirituais, sobrenaturais ou religiosas para fenômenos que podem ser explicados cientificamente é considerada pseudocientífica.
  6. Não seguir o método científico: Uma área de estudo que não segue o método científico, que é um processo sistemático e metódico de observação, experimentação e análise crítica de dados, é considerada pseudocientífica.

Enfim, a terapia floral ainda está no processo de testagem cientifica.

Invista na terapia complementar com responsabilidade

Eu ainda me proponho e elucubro a respeito de tratar com responsabilidade, sem refutar a clínica médica nem psicológica, com as terapias complementares, que proporcionam bem-estar ao ser humano. É importante comentar que os tratamentos devem ser feitos com o intuito de serem complementares e não substituírem tratamentos médicos convencionais

De qualquer forma, é importante ressaltar a importância de um tratamento sistêmico. Imagine, por exemplo, que uma pessoa deseja emagrecer e pergunta se um determinado medicamento funciona. Mesmo que o remédio seja efetivo, com comprovação cientifica, haveria problemas no resultado do tratamento, caso a pessoa não tenha uma reeducação alimentar, atividade física e redução da ansiedade. Esse tipo de tratamento, com um olhar holístico, é de fundamental importância resultados bem-sucedidos. .

Não há dúvida, que vale a pena continuar estudando esse assunto.

“Queremos ter certezas e não dúvidas, resultados e não experiências, mas sem mesmo percebermos que as certezas só podem surgir através das dúvidas e os resultados através da experiência. ” C.G. Jung

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